segunda-feira, julho 12, 2004

 

BookCrossing

manuskritica@mail.pt

O fenómeno do BookCrossing, para quem não sabe consubstancia-se por ser um movimento planetário onde determinados livros – a maioria desconhecidos do grande público ou pouco divulgados – circula de mão em mão, por esse mundo fora, e são deixados aos “BookCrossers” um pouco por toda a parte em locais estratégicos desde universidades, bibliotecas, cafés e outros locais habituais de tertúlia e devidamente identificados. Aliás, para mais informação sobre este fenómeno verdadeiramente interessante em prol do aumento dos índices literários basta consultar na internet o seguinte endereço: www.bookcrossing.com.
O BookCrossing, tenho de confessá-lo, suscita-me a curiosidade, não só pelo facto de mexer com a alfabetização dos indivíduos, mas também com as estruturas à escala planetária, é de se louvar.
Todavia, e após mais uma apurada investigação, consegui indagar que a origem deste fenómeno é genuinamente português.
Passo a explicar: nos meus idos tempos de despontar para a puberdade, já, em parceria com íntimos e decididos amigos, e amigas, fazíamos circular de mão em mão (entenda-se o que se quiser) muita literatura.
A “Gina”, a “Tânia”, o “Rebéubéu” da Pinocada”, entre muitos outros títulos de referência. E também os deixávamos em locais estratégicos: debaixo da cama, do colchão, na gaveta da tralha, enterrados no jardim à frente de casa, na garagem (longe das ferramentas do Papá, claro), e em tantos outros locais (ai, que saudades...).
Claro que o estado dos “documentos” não seria tão apresentável como os utilizados no BookCrossing oficial. Faltavam páginas, as que sobravam estariam estranhamente pegajosas ou coladas entre si. Além do facto de a maioria dessas obras-primas transitarem de geração em geração, mesmo no género feminino. Acreditem ou não.

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