terça-feira, junho 26, 2007

 

O Teatro, o Cinema e o Humor Estão de Luto...

manuskritica@gmail.com



Em momentos tristes, como o que se vive hoje, dia 26 de Junho de 2007, devido ao falecimento do nosso amigo e conterrâneo, Filipe Ferrer, apraz-me mais lembrar os bons momentos vividos e as risadas dadas do que propriamente a melancolia e a mágoa que me assola devido ao desaparecimento do Filipe.

Conheci-o desde sempre, pois foi colega nos bancos da escola primária do meu pai e tive o prazer de com ele falar sobre tudo e mais alguma coisa. Desde as áreas onde o Filipe era um expert e eu um simples aprendiz de feiticeiro – como até hoje o sou.. –, o cinema, o teatro, a literatura, e os reflexos que a vida tem nas mesmas ou será ao contrário? Como o próprio Filipe mo disse várias vezes.

Certa vez, dei-lhe uns rabiscos meus para ler, uma compilação poética intitulada as “Odes Urbanas”, escrita durante o tempo em que estive a estudar em Lisboa. Como projecto de revolucionário que era na altura, acho que todos o somos nessas idades, o conteúdo da poética era agressiva e apelava às insubmissões e até a alguma violência. O Filipe disse-me uma coisa que nunca mais esqueci e nunca mais esquecerei: “João, a poesia revolucionária não tem que ser feita com armas e guerras, pode ser feita perfeitamente com flores e apelos à paz...” não sei se foram exactamente estas as palavras, mas foi algo do género. O que é certo é que a minha forma de escrita poética mudou para melhor, a isso e muito mais agradeço ao Filipe.

Filipe Ferrer, de seu nome verdadeiro, Filipe Luís Martins Lopes do Rosário, nascido em Faro, a 25 de Agosto de 1936, terra onde viveu até aos 18 anos, apesar de desde os 12/13 anos tivesse estado como aluno interno no Colégio de Santo Tirso, foi um actor ímpar e um homem excepcional. Seguidamente apresento-vos um conjunto de fotos e um resumo do seu trabalho artístico, retirado do livro «As Pestanas da Greta Garbo», de sua autoria, peça de teatro estreada em Faro, no Teatro Lethes.

“Filipe Ferrer iniciou a sua carreira aos 13 anos no Colégio de Santo Tirso onde estudou Declamação e Teatro.
Pertenceu ao Teatro de Estudantes Universitários de Coimbra.
Dirigiu grupos amadores.
Ingressa na Companhia Nacional de Teatro.
Representa, pela primeira vez em Portugal, a peça de Harold Pinter “O Monta-Cargas” dirigida por Jacinto Ramos.
Segue-se “O Mercador de Veneza” de Shakespeare onde desempenhou o papel de “Lourenzo” e logo a seguir a peça “Antígone” de Jean Anouilh.
Encena o “Médico à Força” de Molière na Casa da Comédia.
Participa na peça “Thomas Moore” de Robert Bolt, dirigida por Luzia Maria Martins.
Ingressa na BBC de Londres onde fica 3 anos.
Vai para o Brasil onde continua a carreira de jornalista, já iniciada em Portugal, dedicando-se simultaneamente à Publicidade e à Rádio.
Trabalha na TV brasileira.
Após um estágio na Children’s Television Workshop em New York executa as funções de “line producer” do programa “Sesame Street” na versão brasileira, em 1972.
Logo a seguir ganha um estágio nos meios de televisão educativa de New York, Boston, San Francisco e Los Angeles.
Regressado a Portugal, em 1981, realiza filmes publicitários e reportagens para a RTP e a partir de 1982 participa em vários filmes nacionais e estrangeiros, destacando-se filmes de Manoel de Oliveira, Artur Semedo, Joaquim Leitão, Luís Vidal Lopes, António Pedro Vasconcelos, Leão Lopes, Mário Barroso, Luís Filipe Rocha, Leonel Vieira, etc.
Entre os filmes esteangeiros destacam-se Chistian Jacques, Michel Wyn, Samuel Fuller, Robert Mazoyer, Jacques Ertraud, Serge Moati, Juan Esterlich, Robert Faenza, etc.
Tendo trabalhado com actores como Marcelo Mastroiani, Mickey Rooney, Miou-Miou, Ana Zanati, Filipe Noiret, Jean-Pierre Cassel, Marianne Sagebrecht, Paco Rabal e outros.
No teatro fez “Betrayal” de Harold Pinter, “Private Lives” de Noel Coward, “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett, “O Fim” de António Patrício, “Hamlet” de Shakespeare, “As Noites de Anto” de Mário Claudio, “Retrato duma Família Portuguesa” de Miguel Rovisco, e “As Pestanas de Greta Garbo” de Filipe Ferrer, entre tantas outras.
Para a televisão, além de muitos filmes, programas e séries, fez algumas das seguintes telenovelas: “Passerelle”, “Os Pós de Bem Querer”, “O Verão Quente”, “Na Paz dos Anjos”, “O Primeiro Amor”, “O Médico de Família”, “A Lenda da Garça” e “Ganância”, entre outras.

E claro, o inesquecível espião british em o «Casino Royal», onde fez, mais uma vez, prova da sua grande qualidade de Homem do Humor e da Comédia.

A última vez que estive com o Filipe foi há já quase um ano, precisamente no dia 28 de Julho de 2006, quando o próprio, já adoentado, veio apresentar o livro “Manuskritica Nº 243” da minha autoria e de José Serafim, na Loja FNAC da Guia no AlgarveShopping. Mais uma vez tive o prazer de com ele confraternizar e rir um bom bocado ou não fosse o Filipe um exímio contador de histórias, anedotas e de episódios burlescos. É pena que não o possa ouvir mais vezes.

Até sempre, caro amigo.

João Vasco Resende

PS: Espero que as instâncias oficiais, mais que não seja as farenses, façam a devida homenagem ao Filipe Ferrer, um amigo de Faro e das suas gentes.

terça-feira, junho 19, 2007

 

Farense: Sempre!!!

manuskritica@gmail.com



Grande imagem que vi no também grande blogue «A Defesa de Faro», dos tempos em que o Estádio de São Luís ainda não tinha vedação... curiosamente estou presente na dita, no 4º degrau, sensivelmente ao meio e de pé.., bons tempos em que com cerca de 6/7 anos já seguia atentamente os jogos do então Grande Farense.

Atente-se ao pormenor do puto, junto ao relvado, que tenta saltar a então barra de acesso às 4 linhas, sob o atento - supõe-se - olhar do agente da "autoridade"...

segunda-feira, junho 04, 2007

 

O Rapto da Menina

manuskritica@gmail.com

Chegou-nos por e-mail esta brilhante análise a todo o circo montado em redor do rapto da miúda inglesa...

"Tenho-me mantido calado em relação ao desaparecimento
ou rapto da menina inglesa, porque acho que há gente a
mais a dizer alarvidades sobre o assunto.
Tenho-me abstido de manifestar a minha repugnância
pelo procedimento asqueroso da imprensa inglesa em
relação à actuação da polícia portuguesa, porque acho
que vozes de burro não chegam ao céu.
Tenho optado por não manifestar o meu desacordo pelas
conferências de imprensa que a PJ dá em inglês, num
abjecto acto de subserviência em relação a esta classe
de gente (e gente não é, certamente, que gente não
procede assim), porque reconheço que do alto da sua
arrogância, apenas têm contribuído para revelar ao
Mundo a mentalidade de merda que existe por dentro
daquelas cabecinhas loiras.
Agora o que não vou engolir é que um filho de puta
inglês, que se diz ser o arquitecto da casa onde mora
o principal suspeito, que reside em Portugal há cerca
de trinta anos e não fala uma palavra de português,
tenha o descaramento de criticar a GNR porque, segundo
afirma o cretino, tentou dar informações pelo telefone
e foi atendido por um agente que não falava inglês.
Pior ainda, disse a besta com todo o ar de desdém que
lhe coube naquelas fuças de porco inglês, foi quando,
algumas horas depois voltou a telefonar e quem o
atendeu sabia apenas algumas palavras da língua de sua
majestade, a rainha da casa da maior pouca vergonha a
que o Mundo assistiu nos últimos anos.
Estes ingleses não se mancam, mesmo.
Estes ingleses merdosos, que já no tempo da guerra
afirmavam que a Europa estava completamente isolada
pelo nevoeiro, estes ilhéus provincianos que em pleno
século XXI continuam a conduzir fora de mão e a
alimentar uma realeza de putaria, estes negreiros sem
vergonha que espalharam e deixaram escravatura e
racismo pelos quatro cantos do Mundo, estes
arruaceiros de merda que espalham o terror pelos
campos de futebol da Europa, têm o topete de viver
trinta anos num país que lhes oferece um sol radioso,
como eles nunca imaginaram existir, sem se darem ao
trabalho de aprender uma palavra da nossa língua,
ainda têm tempo de antena num canal de televisão
nacional para falarem mal de nós?
Mas afinal que trampa de república de bananas é esta,
que beija a mão a quem nunca respeitou um aliado, que
parece ter esquecido o célebre mapa cor-de-rosa, com
que nos roubaram metade de África, e fica impávida e
serena, a ouvir os desabafos destes alarves, sem ao
menos um protesto oficial.
Por onde é que anda o "gasolineiro" de Boliqueime
quando a honra do país necessita ser defendida? Onde é
que está o "inginheiro" feito à pressa, sempre tão
lesto a acariciar os "tomates" aos amigos
trabalhistas? Já não resta nem um pouco do orgulho
nacional?
Depois admiram-se que meia dúzia de gatos-pingados,
apreciadores de concursos televisivos, reabilitadores
de apresentadeiras escorraçadas da política, façam do
maior ditador do século vinte, o maior português de
sempre.
Ao fundo com a Inglaterra e puta que pariu os
ingleses!"

Anónimo

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