terça-feira, dezembro 20, 2005

 

Vicissitudes da Coexistência Masculina e Feminina (ou vice-versa...)

manuskritica@mail.pt

De todas as diferenças de comportamento, num relacionamento mútuo, entre homem e mulher, tantas são as assimetrias que as concordâncias parecem quase nulas.
De qualquer forma, e sendo parte integrante dos Gajos, terei que optar por relatar o que realmente observo e o que os meus “companheiros de luta” também vêem.

A tampa da sanita, esse confortável estorvo, causa desentendimentos graves ao ponto de provocar crises e rupturas, algumas delas definitivas, na relação homem/mulher. Quem é que deve deixar a tampa em determinada posição ou em determinadas condições?..
Se ela vai primeiro do que ele, utilizar a dita retrete, por que raio não há-de a deixar levantada quando acaba o serviço (partindo princípio que a sua cara-metade a irá utilizar a seguir...)?.. Nós, usualmente, por cortesia ou instintivamente, deixamo-la em baixo quando acabamos. Elas levantam?!.. pois...

Desde renovar o stock de cerveja, a montar o sistema multimedia, e respectiva manutenção, a descascar amendoins, perdão… alcagoitas, e tremoços, verificar a estrutura eléctrica e de canalização lá de casa, a carregar os sacos de compras e outros pesos prejudiciais à longevidade da coluna.

Para não referir todas as tarefas associativas e de cidadania em curso como:

- Oficializar o «Concurso Bienal Internacional - Art Nose», focalizado na construção de esculturas e outras peças, tendo como base de trabalho a cagaita, o macaco e a catota. Todos os interessados podem apresentar trabalhos in loco, caso contrário, o júri deslocar-se-á ao domicílio, às viaturas, às sanitas ou às secretárias de trabalho dos concorrentes;

- Criar o «Movimento Pink Floyd no Algarve». Incluindo 2 concertos por ano no Estádio Algarve, tendo como convidados as meninas do Moulin Rouge e a Romana;

- Promover a trasladação do «Oktober Fest », o célebre festival de cerveja alemão, para Faro, com periodicidade mensal;

- Desenvolver, em termos práticos, a instauração do «Hard Café Faro». Tendo por espaço físico algum edifício central de razoáveis proporções. Como hipótese primordial temos aquele caixote de betão na baixa, designado por Hotel Faro;

- Criar a «Comissão de Época de Saldos nos Bares de Alterne»;

- Criar os estatutos do «Movimento Regional da Defesa e Protecção da Xoxa-de-Velha*».

Entre muitas outras iniciativas já pensadas.

E ainda nos culpam de questões relacionadas com a tampa da sanita, se está em cima ou em baixo ou se está seca ou molhada?!

Como já referi, se não referi, deveria tê-lo feito, isto não é qualquer manifestação de desprezo ou de afronta para com esses seres maravilhosos que são as mulheres. Este espaço democrático (?), como é a ManusKritica, permite sempre aos visitantes comentar qualquer texto aqui publicado.

Mas, qualquer um sabe, que se estiver sempre para cima, raramente a tampa fica pingada ou mesmo molhada...



*Xoxa-de-velha – Ser preto e viscoso abundante em algumas zonas da Costa Algarvia, designadamente na Ria Formosa. São facilmente identificáveis, quando se pisam.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

 

Regresso...

manuskritica@mail.pt

Após um (nada) forçado interregno, voltamos às lides da Blogosfera.
Esperemos que apreciem o que aí vem, não prometendo que colocaremos textos novos todos os dias, mas esperando sinceramente que sejamos mais assíduos na (des) caracterização local, regional e nacional.

Bem-Hajam!

 

Freeport

manuskritica@mail.pt

Todas as sociedades, ou organizações sociais, culturais e políticas, seja lá o que isso for, sofrem transformações cíclicas.
Umas são visíveis, como o olhar pela História da Humanidade o pode comprovar, e pelas diversas designações que daí resultam como a Pré-História, a Idade Média, o Renascimento, o Iluminismo, o Absolutismo, o Século XX, o Século XXI, e todos os “ismos” e todos os séculos e a evolução que a espécie humana teve, seja lá o que isso for.

A cabra da economia de mercado, e todas as outras derivações obscenas que possui, ainda que possa admitir que detém pontos visionários interessantes, transformou a sociedade actual numa torturante máquina de inércia e de estupidez, à escala global. Essa perversão de um mercado comum criou uma nova forma de exploração, que se reflecte nos hábitos do consumidor.

Após um minucioso e objectivo estudo, elaborado pelas entidades competentes, e subsidiado, pois então, por algum fundo estrutural comunitário, concluiu-se que os políticos (classe política na sua generalidade...), não exercem, de forma credível e inteligente, as suas tarefas e funções. Assim, decidiu-se, de modo a conceder alguma harmonia às estruturas sociais, que estes serão substituídos, sem prazo definido, por empresários, e outra malta porreira do poder económico. Ou seja, estes últimos passarão a tomar todas as decisões do foro administrativo-financeiro da nação portuguesa.

Pretende-se, com estas novas medidas, desenhar uma estratégia de corporativismo, de modo a que o país se transforme numa grande empresa, num desígnio nacional, a que ninguém poderá dizer que não ou virar as costas.
Nesta nova linha de acção e de pensamento procurar-se-á produzir tentáculos que convertam esta entreajuda num sistema de franchising. Isto é, sabendo de antemão que os resultados serão satisfatórios, este modelo de reprodução de Portugal poderá, mais tarde, ser vendido para outras paragens, possuindo Portugal, os direitos de imagem e de autor dessa revenda.
Aliás, se todo o planeta pensasse desta forma, toda a vida na Terra seria diferente. Libertávamos facilmente toda a Lusitânia do pântano de ideias e de pensamentos em que se vive presentemente e estabelecia-se uma genuína e justa ordem social, aplicável em todas as realidades.

E o que fazer com os políticos?.. É simples. Compensava-se os gastos de recolocação com a construção de uns quantos empreendimentos outlet, exclusivo para políticos.
Como artigos para venda de consumo comum. Poder-se-ia comprar qualquer político, candidato ou não e a braços com a justiça ou não, a preços bastante acessíveis e fazer-se dele o que bem entender.

Mas, alto lá, essa coisa do poder económico mandar no país e de tomar as decisões verdadeiramente importantes é o cenário actual, no mundo inteiro.

Bom, mas que era giro essa coisa dos outlet de políticos, lá isso era...

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