quinta-feira, novembro 02, 2006

 

Não-Editorial

manuskritica@gmail.com

Eu não queria, a sério que não queria, voltar a bater neste assunto... mas a senhora que o Engenheiro Socrático pôs no leme da Educação, leva-me a isto.

Numa edição anterior – vide edição de 26 de Setembro de 2006 –, e neste espaço, tentámos lançar um alerta para o perigo que esta gaja representa. Ela, e os seus comparsas “mânfios”, além de terem fechado, ou ordenado fechar cerca de 1500 escolas, obrigaram algumas crianças a levar os talheres para a escola, porque certos estabelecimentos de ensino não teriam verba – que seria conferida pelo Ministério da Educação –, para fornecer os tais talheres e pratos aos miúdos... ridículo, no mínimo.

E quando mais de 30.000 professores estão no desemprego e quando se quer pôr os pais a avaliar os ditos docentes e quando a calhandra da senhora se lembrou de notificar os prof’s que estes teriam que avisar, com 5 dias de antecedência, de uma provável falta às aulas e quando,.. bom, isto é um rol sem fim.

Mas a gaja não sabe que há um bem que está consagrado na Constituição: “(...) o direito à educação é gratuito (...)”e tal, e tal?!.. Fosga-se!!!

Mas teremos de estar sempre a bater na mesma tecla?! Agora, veio dizer que os nossos, e digo bem... os nossos professores, vão ficar sem períodos de descanso – vulgo, férias – nas épocas de Natal, Carnaval e Páscoa.

A questão é a seguinte: Esta gaja, por acaso, só por acaso..., andou à escola?! Quer-se dizer, os nossos professores já têm que nos aturar os filhos todos os dias, mesmo quando não têm aulas e, derivado desta energúmena, descansam quando?.. Em casa?! Mas a gaja ainda não percebeu que o trabalho dos docentes não se esgota quando abandonam o estabelecimento de ensino? Certamente, não deve ter ideia do que é a actividade docente: o preparo das aulas, a leitura dos programas (mal) feitos pelo Ministério, etc, etc,..

E ainda quer que fiquem de fora mais 5.000 professores, no próximo ano lectivo, porque, diz a gaja (e estou a ser simpático ao chamar-lhe só de gaja...), o Estado não é nenhuma agência de emprego. E os professores são o quê?! Alguns trabalhadores agenciados, prontos para servir os critérios e os caprichos do (des)governo daqueles otários de São Bento?!

Até não sou moço de palavrões e não sei que mais, mas só apetece é dizer: ”Mas que merda é esta, c......?!! Andam a brincar com o quê, meus filhos de uma grande p...?!

Fosga-se, fosga-se, fosga-se!!! Não me deixam dizer mais nada, senão, ai,.. ...alho!!!

Voltando a bater noutra tecla também já gasta: e depois admiram-se de uma manife, em Lisboa, juntar quase 100.000 pessoas... (...) que os pariu!!!


Publicado também in «Algarve Press», de 31 de Outubro de 2006

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