quinta-feira, novembro 30, 2006
Ilha ou Dique?!
manuskritica@gmail.com

“Nas suítes de um dos hotéis ter-se-á uma vista privilegiada para os fardos de coca e de haxixe que povoam o fundo do mar do nosso belo Algarve”, afirma Stander Van Guelras, ao apontar algumas das grandes vantagens da construção da ilha artificial em frente a Vale de Lobo
O Algarve chocou-se há uns tempos com a intenção de o pioneiro do turismo de luxo na região, Stander Van Guelras, em construir uma ilha artificial defronte do empreendimento turístico de Vale do Lobo.
Mediante tal projecto de ficção científica, a Manuskritica quis ouvir o homem por detrás desta ideia mirabolante e aferir das reais possibilidades desta obra espafalhatosa e, já agora, tentar arranjar uns free-pass para a malta...
A preocupação da Vipalhada relativamente aos mirones, espreitões e outros curiosos suspeitos parece ter os dias contados, já que o dinossauro do turismo algarvio, Stander Van Guelras, tenciona, e irá concretizar certamente, avançar com a construção de uma ilha artificial entre as praias do Garrão e do Julia’s.
No Dubai está a fazer-se o mesmo, só que o Dubai tem tanta costa e tantas praias como Trás-os-Montes, daí que se perceba, até certo ponto, a construção desse tipo de infra-estruturas, agora no Algarve fazer o mesmo?! É o mesmo que chover no molhado ou como ver o Zé Castelo-Roto numa manifestação anti-gay, não faz sentido nenhum.
Ainda que alguns Vip’s da alta sociedade andem eufóricos com a ideia e com a possibilidade de se poderem refugiar nesse paraíso artificial e onde a escumalha, como eu próprio, não os chateia nem lança olhares invejosos e até violentos. Eu, por mim, estou-me bem a lixar para os que eles façam ou para quantos iates têm, ainda que isto seja bom para o povinho, ou seja, sempre nos livramos desses gajos da alta que andam há anos a poluir as nossas praias.
Segundo, Stander Van Guelras, “este projecto permitirá o acesso dos algarvios a algumas praias famosas do Algarve, isto é, ao enviar todos aqueles betos, novos-ricos, velhos-ricos e os empresários da bola falidos para a nova ilha estamos a contribuir decisivamente para o aumento da qualidade de vida dos indígenas”. Adiantando que “vamos criar várias atracções nesta estrutura como um oceanário submarino de tubarões-políticos, tubarões-banqueiros e lontras humanas que mais não fazem do que encher a pança e viver dos rendimentos da lavagem de capitais, isto para quem estiver em condições de pagar o bilhete que se situará entre os 2000 e os 5000 dólares, por cada meia hora, ou o bilhete anual de 10.000 dólares, sim, porque isso de euros é para pobres, aquilo lá vai trabalhar tudo ao som do dólar. Teremos também hotéis de 8 estrelas, onde o cliente terá direito a luxos como as prostitutas que, normalmente, fazem companhia à selecção nacional e a grandes clubes europeus, também nas suítes de um dos hotéis ter-se-á uma vista privilegiada para os fardos de coca e de haxixe que povoam o fundo do mar do nosso belo Algarve”
Quanto à intenção de a autarquia de Faro em querer associar-se a este projecto, através do fornecimento de barcos da carreira para facilitar o acesso à ilha, Stander Van Guelras, tentou suicidar-se mas as balas do revólver eram de pólvora seca e apenas ficou surdo momentaneamente do ouvido direito, mas, infelizmente, já recuperou.
Questionado sobre os prováveis problemas de erosão costeira que esta ilha de betão e ferro irá provocar, Stander Van Guelras foi taxativo “então, se eu vou investir nesta coisa cerca de 750 milhões de euros, acha que estou preocupado sobre o que 2 ou 3 ambientalistas de esquerda pensam? Nada que uma estadia paga na ilha, com direito às meninas da selecção, não resolva” sublinhou.
Sobre o facto de a ilha situar-se a “apenas” 250 metros da costa e que pode permitir o acesso a pessoas indesejáveis e aos tais mirones, designadamente os bons nadadores, Van Guelras apontou uma solução “isto está a ser estudado, mas em princípio faremos uma parceria com o (des)governo português e solicitaremos que a protecção da área circundante seja feita pelos militares que venham das missões do Afeganistão, Iraque e Kosovo e também pediremos à Direcção-Geral dos Serviços Prisionais que nos forneçam recursos humanos, como os indivíduos de leste considerados perigosos e assim, através da bastonada e de tortura medieval, serão facilmente anulados esses perigos” adiantando que “se iremos ter tubarões brancos à porta como porteiros, temos que os alimentar não é? Então, que venham esses mirones que a comida para tubarão está cara...”
Quanto aos obstáculos que o (des)governo irá apresentar relativamente à construção da estrutura, Stander Van Guelras afirma simplesmente que “se tenho o Mendes Bota na Assembleia da República é para quê?!” elucidativo.

“Nas suítes de um dos hotéis ter-se-á uma vista privilegiada para os fardos de coca e de haxixe que povoam o fundo do mar do nosso belo Algarve”, afirma Stander Van Guelras, ao apontar algumas das grandes vantagens da construção da ilha artificial em frente a Vale de Lobo
O Algarve chocou-se há uns tempos com a intenção de o pioneiro do turismo de luxo na região, Stander Van Guelras, em construir uma ilha artificial defronte do empreendimento turístico de Vale do Lobo.
Mediante tal projecto de ficção científica, a Manuskritica quis ouvir o homem por detrás desta ideia mirabolante e aferir das reais possibilidades desta obra espafalhatosa e, já agora, tentar arranjar uns free-pass para a malta...
A preocupação da Vipalhada relativamente aos mirones, espreitões e outros curiosos suspeitos parece ter os dias contados, já que o dinossauro do turismo algarvio, Stander Van Guelras, tenciona, e irá concretizar certamente, avançar com a construção de uma ilha artificial entre as praias do Garrão e do Julia’s.
No Dubai está a fazer-se o mesmo, só que o Dubai tem tanta costa e tantas praias como Trás-os-Montes, daí que se perceba, até certo ponto, a construção desse tipo de infra-estruturas, agora no Algarve fazer o mesmo?! É o mesmo que chover no molhado ou como ver o Zé Castelo-Roto numa manifestação anti-gay, não faz sentido nenhum.
Ainda que alguns Vip’s da alta sociedade andem eufóricos com a ideia e com a possibilidade de se poderem refugiar nesse paraíso artificial e onde a escumalha, como eu próprio, não os chateia nem lança olhares invejosos e até violentos. Eu, por mim, estou-me bem a lixar para os que eles façam ou para quantos iates têm, ainda que isto seja bom para o povinho, ou seja, sempre nos livramos desses gajos da alta que andam há anos a poluir as nossas praias.
Segundo, Stander Van Guelras, “este projecto permitirá o acesso dos algarvios a algumas praias famosas do Algarve, isto é, ao enviar todos aqueles betos, novos-ricos, velhos-ricos e os empresários da bola falidos para a nova ilha estamos a contribuir decisivamente para o aumento da qualidade de vida dos indígenas”. Adiantando que “vamos criar várias atracções nesta estrutura como um oceanário submarino de tubarões-políticos, tubarões-banqueiros e lontras humanas que mais não fazem do que encher a pança e viver dos rendimentos da lavagem de capitais, isto para quem estiver em condições de pagar o bilhete que se situará entre os 2000 e os 5000 dólares, por cada meia hora, ou o bilhete anual de 10.000 dólares, sim, porque isso de euros é para pobres, aquilo lá vai trabalhar tudo ao som do dólar. Teremos também hotéis de 8 estrelas, onde o cliente terá direito a luxos como as prostitutas que, normalmente, fazem companhia à selecção nacional e a grandes clubes europeus, também nas suítes de um dos hotéis ter-se-á uma vista privilegiada para os fardos de coca e de haxixe que povoam o fundo do mar do nosso belo Algarve”
Quanto à intenção de a autarquia de Faro em querer associar-se a este projecto, através do fornecimento de barcos da carreira para facilitar o acesso à ilha, Stander Van Guelras, tentou suicidar-se mas as balas do revólver eram de pólvora seca e apenas ficou surdo momentaneamente do ouvido direito, mas, infelizmente, já recuperou.
Questionado sobre os prováveis problemas de erosão costeira que esta ilha de betão e ferro irá provocar, Stander Van Guelras foi taxativo “então, se eu vou investir nesta coisa cerca de 750 milhões de euros, acha que estou preocupado sobre o que 2 ou 3 ambientalistas de esquerda pensam? Nada que uma estadia paga na ilha, com direito às meninas da selecção, não resolva” sublinhou.
Sobre o facto de a ilha situar-se a “apenas” 250 metros da costa e que pode permitir o acesso a pessoas indesejáveis e aos tais mirones, designadamente os bons nadadores, Van Guelras apontou uma solução “isto está a ser estudado, mas em princípio faremos uma parceria com o (des)governo português e solicitaremos que a protecção da área circundante seja feita pelos militares que venham das missões do Afeganistão, Iraque e Kosovo e também pediremos à Direcção-Geral dos Serviços Prisionais que nos forneçam recursos humanos, como os indivíduos de leste considerados perigosos e assim, através da bastonada e de tortura medieval, serão facilmente anulados esses perigos” adiantando que “se iremos ter tubarões brancos à porta como porteiros, temos que os alimentar não é? Então, que venham esses mirones que a comida para tubarão está cara...”
Quanto aos obstáculos que o (des)governo irá apresentar relativamente à construção da estrutura, Stander Van Guelras afirma simplesmente que “se tenho o Mendes Bota na Assembleia da República é para quê?!” elucidativo.
Publicado também in «Algarve Press», de 28 de Novembro de 2006
quarta-feira, novembro 22, 2006
A Família Vai à Esquadra
manuskritica@gmail.com
Acreditem ou não, mas a história que vão ler é baseada em factos verídicos. Apenas alguns nomes foram alterados e passou-se na nossa cidade de Faro.
Após uma noite com alguns copos à mistura, Marcel (Marcelo como nome de origem portuguesa, emigrante em França), Jean-Phillipe (também ele emigrante em França e irmão de Marcel), e também Pedro e Inês (2 portugueses, familiares dos primeiros 2), saem de um bar, onde estiveram nas últimas horas, e resolvem encaminhar-se para os respectivos veículos:
Pedro (virando-se para Marcel e Jean-Phillipe) – Então, onde é que têm o carro?
Marcel – Ou está ali na baixa ou no largo ao pé do teatro...
Pedro – Bom, ou está num sítio ou está noutro...
Marcel – Acho que está ao pé do teatro...
Pedro – Ok. Nós damo-vos uma boleia até lá. Inês, é melhor conduzires tu que eu já bebi um bocado para além da conta.
Inês – É melhor, é...
(chegam ao largo do teatro):
Inês – Então, onde é que está o carro?
Marcel – Não o vejo...
Pedro – Que marca é o carro?
Jean-Phillipe – Eh pá, é um Volkswagen...
Pedro – Está bem, mas qual é o modelo?
Marcel – Acho que é um Golf... ou será um Polo?..
Pedro – Mau... ou é um ou outro... e de que cor é?
Jean-Phillipe – Ou azul ou preto...
Inês (começa a rir da situação) – Então, mas o carro não é vosso?
Marcel – Não. Foi emprestado por uma prima nossa.
Pedro – Bom, aqui não está. Vamos passar pela baixa.
(chegam à baixa)
Inês – E agora, em que zona da baixa é que está?
Jean-Phillipe – Deixámos ali junto à bomba de gasolina da Doca.
(chegam ao dito posto de combustível)
Marcel – Uai! E o carro?!
Pedro – Olha para isto! Então estacionaram numa zona sujeita a reboque.
(Marcel e Jean-Phillipe começam a discutir, enquanto Pedro e Inês riem-se da situação)
Jean-Phillipe – Eu não te disse que aqui era proibido?!
Marcel – Tu?! Eu é que disse isso. Aliás, quem é que estava a conduzir?!
Jean-Phillipe – Eu bem te disse que aqui dava merda...
Inês – De certeza que foi aqui que estacionaram? É que à bocado também estava no largo e bem se viu...
Jean-Phillipe – De certeza que foi aqui. Então não sei...
Marcel – Então não sabe, diz ele. Inês, dá mais uma volta a ver se vemos o carro, senão teremos de ir à Polícia ver se foi rebocado, que é o mais provável.
Inês – Ok. Vamos lá então.
Pedro – Ao menos, sabem a matrícula do carro?
Marcel – Sei lá a porra da matrícula. Só sei que é um VW... azul ou preto.
(após umas voltas decide-se ir à esquadra. Depois de estacionar o carro de Pedro e Inês, a conversa continua):
Marcel – Então e agora quem é que fala? Nós exprimimo-nos mal em português como sabem.
Jean-Phillipe – Eu não falo.
Pedro – Pois, pois. Deixem estar que eu falo com os homens.
Marcel – E depois quem é que tira o carro lá de dentro? Todos bebemos um bocado.
Jean-Phillipe – Eh pá, só se for a Inês que foi a que bebeu menos.
Pedro – Pois, vai ter que ser.
Inês – E o outro carro em que viemos, quem é que conduz?
Pedro – Boa... eh pá, como estacionámos longe, os gajos não nos vêem a sair daqui com o outro carro.
Marcel – Eh, eh, eh. Isto vai dar barraca. Vai, vai.
Jean-Phillipe – Não vai nada. Vais ver...
(entram na esquadra de polícia)
Pedro – Boa noite, sr. Guarda.
Polícia (um rapaz novo) – Boa noite. Façam favor de dizer.
Pedro – Nós temos a sensação, ou quase a certeza, que o nosso carro foi rebocado, ali na zona da baixa.
Polícia – Muito bem. Posso confirmar com os meus colegas no nosso parque. Mas preciso de saber a matrícula do carro.
Pedro (virando-se para os outros 3, transparecendo um sorriso) – A matrícula do carro?.. Alguém sabe a matrícula?..
(Marcel e Jean-Phillipe em coro):
– Eh pá, isso não sabemos.
Polícia – Bom, assim não vai ser fácil. E a marca e o modelo do carro, assim como a cor do mesmo?
Jean-Phillipe – É um VW, azul ou preto... e é um ou um Golf ou um Polo, mas acho que é um Golf...
Polícia – Hum... isso são poucos dados, mas eu vou ver na mesma com os meus colegas...
Pedro – Ok, obrigado.
(enquanto o guarda de serviço telefona para dentro do parque, os 4 primos conversam entre si)
Jean-Phillipe – Tens a certeza que foi ali que deixámos o carro?
Marcel – Absoluta. Então não me ia esquecer de onde deixei o carro, não achas?
Jean-Phillipe (em tom de gozo) – Tu?! Alguma vez... – ri-se para Pedro e Inês –
Pedro – E os documentos do carro, também não têm?
Jean-Phillipe – Nada. Está tudo dentro do carro.
Pedro – Boa. Mas o carro é de quem mesmo?
Jean-Phillipe – É da Fernanda, mas quem anda com ele é a filha, a Cláudia.
Pedro – Hummm... deixa lá ver se a polícia já sabe alguma coisa... e então, sr. Guarda, alguma coisa?
Polícia – Lamento, mas não. De certeza que deixaram o veículo nesse lugar?
Jean-Phillipe – Absoluta.
Pedro – Sr. Guarda, acha que há alguma hipótese de o carro ter sido roubado?
Polícia – Não era a primeira vez que isso acontecia na baixa, se bem que é raro.
Inês (já sentada, num banco ali próximo, a observar divertida o desenrolar dos acontecimentos) – Não acredito nisto. Querem ver que roubaram mesmo o carro?!
Polícia – Os senhores têm os documentos da viatura convosco?
Jean-Phillipe – Não. Está tudo dentro do carro.
Polícia – Ok. Então, presumo que o carro não seja vosso...
Pedro – Pois não. O carro é de uns familiares nossos.
Polícia – Então, só o proprietário, caso o carro tenha sido roubado, é que pode apresentar queixa da ocorrência.
Pedro (virando-se para Marcel e Jean-Phillipe) – E agora?! Onde é que estão a Fernanda e a Cláudia?
(Jean-Phillipe, em surdina diz qualquer coisa, imperceptível para o polícia, a Pedro. Este começa a rir):
- E agora, como é que explico isto ao polícia?!
Polícia – Mas os senhores saberão onde moram os proprietários, certo? Ou têm os números de telefone deles, certo?
Pedro – Marcel, sabes onde mora a Cláudia?
Marcel (num gesto de desmazelo) – Eh pá, ali para o pé do campo da bola...
(começam os 4 a rir)
Pedro – Bom, sr. Guarda, a situação é a seguinte – um bocado atrapalhado –, é que a proprietária está em Espanha onde foi fazer uma intervenção cirúrgica delicada e a filha, que é quem realmente anda com o carro, é surda-muda.
Polícia (estupefacto, permanece em silêncio até reagir) –Eh lá, então, não sei... não sei...
Pedro – Nem nós... é uma situação complicada...
Polícia – Pois...
Pedro (para Jean-Phillipe) – E agora?..
Jean-Phillipe – Sei lá...
Polícia (interrompendo-os) – O máximo que podemos fazer é comunicar a um carro-patrulha o roubo de um veículo com a descrição que nos deram.
Pedro – Pois, é o melhor a fazer.
Jean-Phillipe – E nós, entretanto, tentamos entrar em contacto com os proprietários do carro...
Marcel – Pois, mas se uma está em Espanha e a outra é surda... nem ouve o telefone nem a campainha de casa...
Pedro (a rir) – Pois é. Eh, eh, eh.
Inês- Bom, aqui já não podemos fazer nada. Vamos mas é embora e esperar que o carro seja encontrado.
Pedro – É o melhor a fazer. Sr. Guarda, obrigado pela atenção. Assim que entrarmos em contacto com os proprietários, eles passam por cá para regularizar a queixa.
Polícia (já depois de ter comunicado aos carros-patrulha o roubo do automóvel) – Sim, sim. Façam isso. Boa noite.
(saem todos da esquadra, a caminho do carro de Pedro e Inês)
Inês – Acham que o polícia ficou a pensar que éramos malucos?! – e ri-se perdidamente –
Pedro – Provavelmente. Ou então que isto era para os apanhados.
(desatam todos a rir)
Marcel – É divertido, é.. mas ainda não sabemos onde está o carro...
Jean-Phillipe – Pois... – e começam todos a rir novamente –
(entram todos no outro veículo)
Inês – Não acham melhor darmos outra volta por aí, a ver se vemos o carro em algum lado?..
Jean-Phillipe – Pois, é o melhor. Não se perde nada com isso.
(andam cerca de 500 metros e num sítio onde já tinham passado anteriormente, Inês intervém):
– Olhem ali, um VW Golf preto, não é aquele?
(Marcel e Jean-Phillipe em coro):
– E não é que é mesmo?!
Jean-Phillipe – Pois foi. Como ao pé da bomba de gasolina tivemos receio que rebocassem o carro, estacionámos aqui...
(enquanto todos se riem da situação, Pedro lembra-se de alertá-los para um facto):
– Agora, não se esqueçam que a Polícia anda à procura de um carro igual a este. Aconselho-vos a ir já para casa.
Jean-Phillipe – E não devíamos passar na polícia e dizer-lhes que encontrámos o carro?
Inês – É melhor é irem já para casa. Se vão lá, ainda ficam lá a prestar declarações e ainda terão que soprar o balão e tal... além do mais, têm alguma maneira de provar que o carro vos foi emprestado?
Marcel – Não...
Inês – Então...
Pedro – Vá, vão já. Até amanhã.
(enquanto Pedro e Inês se dirigem, também eles, para casa, rindo da situação, Marcel e Jean-Phillipe fazem o mesmo, ainda a discutir sobre quem tinha tido a ideia de estacionar ali.
Quando, uns metros mais à frente, se cruzam com um carro-patrulha. Este ao ver um carro com aquela descrição, acciona a sirena e enceta uma perseguição a Marcel e Jean-Phillipe)
Marcel – E agora, faço o quê?
Jean-Phillipe – Eh pá, encosta que já explicamos o que se passou.
(Entretanto, surge, à frente deles, outro carro-patrulha que lhes barra o caminho. Os polícias dos 2 carros saem de armas em punho):
- Tudo para fora do carro, vá, toca a sair.
Jean-Phillipe – Tal não é esta merda?!.. Ainda por cima com os copos!..
FIM
Acreditem ou não, mas a história que vão ler é baseada em factos verídicos. Apenas alguns nomes foram alterados e passou-se na nossa cidade de Faro.
Após uma noite com alguns copos à mistura, Marcel (Marcelo como nome de origem portuguesa, emigrante em França), Jean-Phillipe (também ele emigrante em França e irmão de Marcel), e também Pedro e Inês (2 portugueses, familiares dos primeiros 2), saem de um bar, onde estiveram nas últimas horas, e resolvem encaminhar-se para os respectivos veículos:
Pedro (virando-se para Marcel e Jean-Phillipe) – Então, onde é que têm o carro?
Marcel – Ou está ali na baixa ou no largo ao pé do teatro...
Pedro – Bom, ou está num sítio ou está noutro...
Marcel – Acho que está ao pé do teatro...
Pedro – Ok. Nós damo-vos uma boleia até lá. Inês, é melhor conduzires tu que eu já bebi um bocado para além da conta.
Inês – É melhor, é...
(chegam ao largo do teatro):
Inês – Então, onde é que está o carro?
Marcel – Não o vejo...
Pedro – Que marca é o carro?
Jean-Phillipe – Eh pá, é um Volkswagen...
Pedro – Está bem, mas qual é o modelo?
Marcel – Acho que é um Golf... ou será um Polo?..
Pedro – Mau... ou é um ou outro... e de que cor é?
Jean-Phillipe – Ou azul ou preto...
Inês (começa a rir da situação) – Então, mas o carro não é vosso?
Marcel – Não. Foi emprestado por uma prima nossa.
Pedro – Bom, aqui não está. Vamos passar pela baixa.
(chegam à baixa)
Inês – E agora, em que zona da baixa é que está?
Jean-Phillipe – Deixámos ali junto à bomba de gasolina da Doca.
(chegam ao dito posto de combustível)
Marcel – Uai! E o carro?!
Pedro – Olha para isto! Então estacionaram numa zona sujeita a reboque.
(Marcel e Jean-Phillipe começam a discutir, enquanto Pedro e Inês riem-se da situação)
Jean-Phillipe – Eu não te disse que aqui era proibido?!
Marcel – Tu?! Eu é que disse isso. Aliás, quem é que estava a conduzir?!
Jean-Phillipe – Eu bem te disse que aqui dava merda...
Inês – De certeza que foi aqui que estacionaram? É que à bocado também estava no largo e bem se viu...
Jean-Phillipe – De certeza que foi aqui. Então não sei...
Marcel – Então não sabe, diz ele. Inês, dá mais uma volta a ver se vemos o carro, senão teremos de ir à Polícia ver se foi rebocado, que é o mais provável.
Inês – Ok. Vamos lá então.
Pedro – Ao menos, sabem a matrícula do carro?
Marcel – Sei lá a porra da matrícula. Só sei que é um VW... azul ou preto.
(após umas voltas decide-se ir à esquadra. Depois de estacionar o carro de Pedro e Inês, a conversa continua):
Marcel – Então e agora quem é que fala? Nós exprimimo-nos mal em português como sabem.
Jean-Phillipe – Eu não falo.
Pedro – Pois, pois. Deixem estar que eu falo com os homens.
Marcel – E depois quem é que tira o carro lá de dentro? Todos bebemos um bocado.
Jean-Phillipe – Eh pá, só se for a Inês que foi a que bebeu menos.
Pedro – Pois, vai ter que ser.
Inês – E o outro carro em que viemos, quem é que conduz?
Pedro – Boa... eh pá, como estacionámos longe, os gajos não nos vêem a sair daqui com o outro carro.
Marcel – Eh, eh, eh. Isto vai dar barraca. Vai, vai.
Jean-Phillipe – Não vai nada. Vais ver...
(entram na esquadra de polícia)
Pedro – Boa noite, sr. Guarda.
Polícia (um rapaz novo) – Boa noite. Façam favor de dizer.
Pedro – Nós temos a sensação, ou quase a certeza, que o nosso carro foi rebocado, ali na zona da baixa.
Polícia – Muito bem. Posso confirmar com os meus colegas no nosso parque. Mas preciso de saber a matrícula do carro.
Pedro (virando-se para os outros 3, transparecendo um sorriso) – A matrícula do carro?.. Alguém sabe a matrícula?..
(Marcel e Jean-Phillipe em coro):
– Eh pá, isso não sabemos.
Polícia – Bom, assim não vai ser fácil. E a marca e o modelo do carro, assim como a cor do mesmo?
Jean-Phillipe – É um VW, azul ou preto... e é um ou um Golf ou um Polo, mas acho que é um Golf...
Polícia – Hum... isso são poucos dados, mas eu vou ver na mesma com os meus colegas...
Pedro – Ok, obrigado.
(enquanto o guarda de serviço telefona para dentro do parque, os 4 primos conversam entre si)
Jean-Phillipe – Tens a certeza que foi ali que deixámos o carro?
Marcel – Absoluta. Então não me ia esquecer de onde deixei o carro, não achas?
Jean-Phillipe (em tom de gozo) – Tu?! Alguma vez... – ri-se para Pedro e Inês –
Pedro – E os documentos do carro, também não têm?
Jean-Phillipe – Nada. Está tudo dentro do carro.
Pedro – Boa. Mas o carro é de quem mesmo?
Jean-Phillipe – É da Fernanda, mas quem anda com ele é a filha, a Cláudia.
Pedro – Hummm... deixa lá ver se a polícia já sabe alguma coisa... e então, sr. Guarda, alguma coisa?
Polícia – Lamento, mas não. De certeza que deixaram o veículo nesse lugar?
Jean-Phillipe – Absoluta.
Pedro – Sr. Guarda, acha que há alguma hipótese de o carro ter sido roubado?
Polícia – Não era a primeira vez que isso acontecia na baixa, se bem que é raro.
Inês (já sentada, num banco ali próximo, a observar divertida o desenrolar dos acontecimentos) – Não acredito nisto. Querem ver que roubaram mesmo o carro?!
Polícia – Os senhores têm os documentos da viatura convosco?
Jean-Phillipe – Não. Está tudo dentro do carro.
Polícia – Ok. Então, presumo que o carro não seja vosso...
Pedro – Pois não. O carro é de uns familiares nossos.
Polícia – Então, só o proprietário, caso o carro tenha sido roubado, é que pode apresentar queixa da ocorrência.
Pedro (virando-se para Marcel e Jean-Phillipe) – E agora?! Onde é que estão a Fernanda e a Cláudia?
(Jean-Phillipe, em surdina diz qualquer coisa, imperceptível para o polícia, a Pedro. Este começa a rir):
- E agora, como é que explico isto ao polícia?!
Polícia – Mas os senhores saberão onde moram os proprietários, certo? Ou têm os números de telefone deles, certo?
Pedro – Marcel, sabes onde mora a Cláudia?
Marcel (num gesto de desmazelo) – Eh pá, ali para o pé do campo da bola...
(começam os 4 a rir)
Pedro – Bom, sr. Guarda, a situação é a seguinte – um bocado atrapalhado –, é que a proprietária está em Espanha onde foi fazer uma intervenção cirúrgica delicada e a filha, que é quem realmente anda com o carro, é surda-muda.
Polícia (estupefacto, permanece em silêncio até reagir) –Eh lá, então, não sei... não sei...
Pedro – Nem nós... é uma situação complicada...
Polícia – Pois...
Pedro (para Jean-Phillipe) – E agora?..
Jean-Phillipe – Sei lá...
Polícia (interrompendo-os) – O máximo que podemos fazer é comunicar a um carro-patrulha o roubo de um veículo com a descrição que nos deram.
Pedro – Pois, é o melhor a fazer.
Jean-Phillipe – E nós, entretanto, tentamos entrar em contacto com os proprietários do carro...
Marcel – Pois, mas se uma está em Espanha e a outra é surda... nem ouve o telefone nem a campainha de casa...
Pedro (a rir) – Pois é. Eh, eh, eh.
Inês- Bom, aqui já não podemos fazer nada. Vamos mas é embora e esperar que o carro seja encontrado.
Pedro – É o melhor a fazer. Sr. Guarda, obrigado pela atenção. Assim que entrarmos em contacto com os proprietários, eles passam por cá para regularizar a queixa.
Polícia (já depois de ter comunicado aos carros-patrulha o roubo do automóvel) – Sim, sim. Façam isso. Boa noite.
(saem todos da esquadra, a caminho do carro de Pedro e Inês)
Inês – Acham que o polícia ficou a pensar que éramos malucos?! – e ri-se perdidamente –
Pedro – Provavelmente. Ou então que isto era para os apanhados.
(desatam todos a rir)
Marcel – É divertido, é.. mas ainda não sabemos onde está o carro...
Jean-Phillipe – Pois... – e começam todos a rir novamente –
(entram todos no outro veículo)
Inês – Não acham melhor darmos outra volta por aí, a ver se vemos o carro em algum lado?..
Jean-Phillipe – Pois, é o melhor. Não se perde nada com isso.
(andam cerca de 500 metros e num sítio onde já tinham passado anteriormente, Inês intervém):
– Olhem ali, um VW Golf preto, não é aquele?
(Marcel e Jean-Phillipe em coro):
– E não é que é mesmo?!
Jean-Phillipe – Pois foi. Como ao pé da bomba de gasolina tivemos receio que rebocassem o carro, estacionámos aqui...
(enquanto todos se riem da situação, Pedro lembra-se de alertá-los para um facto):
– Agora, não se esqueçam que a Polícia anda à procura de um carro igual a este. Aconselho-vos a ir já para casa.
Jean-Phillipe – E não devíamos passar na polícia e dizer-lhes que encontrámos o carro?
Inês – É melhor é irem já para casa. Se vão lá, ainda ficam lá a prestar declarações e ainda terão que soprar o balão e tal... além do mais, têm alguma maneira de provar que o carro vos foi emprestado?
Marcel – Não...
Inês – Então...
Pedro – Vá, vão já. Até amanhã.
(enquanto Pedro e Inês se dirigem, também eles, para casa, rindo da situação, Marcel e Jean-Phillipe fazem o mesmo, ainda a discutir sobre quem tinha tido a ideia de estacionar ali.
Quando, uns metros mais à frente, se cruzam com um carro-patrulha. Este ao ver um carro com aquela descrição, acciona a sirena e enceta uma perseguição a Marcel e Jean-Phillipe)
Marcel – E agora, faço o quê?
Jean-Phillipe – Eh pá, encosta que já explicamos o que se passou.
(Entretanto, surge, à frente deles, outro carro-patrulha que lhes barra o caminho. Os polícias dos 2 carros saem de armas em punho):
- Tudo para fora do carro, vá, toca a sair.
Jean-Phillipe – Tal não é esta merda?!.. Ainda por cima com os copos!..
FIM
Existe mesmo um Dia comemorativo de tudo?!
manuskritica@gmail.com
As sociedades modernas, particularmente as ocidentais, fizeram destes últimos 20 a 25 anos um período profícuo em comemorações de tudo e mais alguma coisa. Refiro-me, claro está, aos diversos dias mundiais, internacionais e nacionais que pelo mundo fora tanto merchandising vende e que tanta consciência procura alertar.
Ora bem, são bem conhecidos o Dia da Mãe, o Dia do Pai, o “amaricano” Dia dos Namorados”, o Dia Mundial da Poesia, do Mar, da Árvore e da Tolerância, que se comemorou na passada 5ª-feira, entre tantos outros.
Por isto, e muito mais, a “Manuskritica” colocou o intrépido e alcoolizado Direktor, Zé Sobreiro, no terreno, a fim de aferir dos reais anseios dos ‘tugas e dos algarvios relativamente a esta delicada matéria.
INQUÉRITO:
Nome: Adalberto Florzinha.
Idade: Indeterminada, são tantos...
Profissão: Jardineiro de Ilhas.
Dia Preferido: “O que eu queria mesmo era uma hidrobulldozer – “bondosa” no
Algarve” – e assim poderia entrar pelo Terreiro do Paço de surpresa e deitar aquela porcaria abaixo de uma vez!”
O que queria ser quando fosse grande: Menos careca, menos gordo e mais inteligente. E ainda aprender a falar português.
Nome: Quim Zé.
Idade: Uns quantos...
Profissão: Arrumador e assaltante de automóveis, estacionados em ruas escuras, tal como toxicodependente profissional há cerca de 20 anos.
Dia Preferido: “Eh pá, meu... – amnésia momentânea –... se fosse possível criar o Dia da Droga era fixe e também se precisarem de um presidente para a comissão, como eu ‘tou desempregado e tal... tás a ver?! Mas também gostava que houvesse um Dia Mundial Sem Picas no Escroto, é que já não tenho mais nenhum sítio para me injectar, tás a ver, né?! – e desmaia –
O que queria ser quando fosse grande: Ainda está em coma...
Nome: Max em Portugal, Rex internacionalmente.
Idade: 55 em idade de cão, ou seja, 385 em idade humana.
Profissão: Cão-Polícia.
Dia Preferido: “Eu desejava que houvesse o Dia Nacional da Manifestação Canina em Sinal Aberto de Televisão, para poder contar a todos os espectadores o que um cão sofre na televisão. Não pensem que esta vida de estrela é fácil. Ah,.. e também que existisse o Dia Mundial dos Cães Não-Maricas. Porque é que será que os cães são todos bissexuais?!”
O que queria ser quando fosse grande: “Isso é uma questão interessante. Porque antes de ser Cão-Polícia, a estrela de TV, fui durante muitos anos Cão-Polícia à séria e não foi nada fácil largar a droga, aliás, ainda estou a frequentar o programa de substituição de metadona. Gostava mesmo que os nossos tratadores não nos fizessem uns agarrados como o Quim Zé e que pudéssemos detectar a droga sem a querer consumir.”
Nome: Dr. Qualquer Coisa.
Idade: Consultar B.I. falso, o verdadeiro emprestou à empregada doméstica ucraniana para esta se poder legalizar em Portugal. Coitada, escolheu uma bela bosta à beira-mar plantada para fazer a vida...
Profissão: Chamam-lhe de político profissional, mas ele gosta mais de ladrão profissional ou vigarista com carteira profissional.
Dia Preferido: “Sem dúvida que os meus dias preferidos são o Dia da Mãe e o Dia do Pai. Desculpe lá, mas digo sempre isto na TV e para os jornais, não consigo evitar. E também gosto muito do Dia da Criança, principalmente quando me deixam ir comemorar esse dia na Casa Pia. Por outro lado, escute lá – indagando Zé Sobreiro – : Já é militante de algum partido? É que como sou militante de 4 partidos, sempre posso... – neste preciso momento, foi barbaramente agredido pelo nosso Direktor –.
O que queria ser quando fosse grande (depois de sair das Urgências do SAP, resolveu continuar o nosso inquérito): A minha mãe sempre quis que eu fosse médico, o meu pai insistia para que fosse advogado e assim puseram-me num colégio privado até ao 12º ano, para sacar boas notas sem ter que estudar e ainda podia mal-tratar os professores. Mas quando entrei na política e lhes ofereci aquela casa na Quinta do Lago e o Jaguar roubado na Alemanha, lá me deram razão e assim atingi os meus objectivos. Mas o que queria mesmo ser era xulo, mas as autarquias já estavam todas cheias e lá tive de ir para o Governo e contentar-me em ser um xulo de 2ª categoria, menos mal...
Nota do Direktor: De qualquer forma, ponderamos sugerir algumas temáticas aos diversos palhaços que nos (des)governam e publicá-las aqui um dia destes...
Publicado também in «Algarve Press», de 21 de Novembro de 2006
As sociedades modernas, particularmente as ocidentais, fizeram destes últimos 20 a 25 anos um período profícuo em comemorações de tudo e mais alguma coisa. Refiro-me, claro está, aos diversos dias mundiais, internacionais e nacionais que pelo mundo fora tanto merchandising vende e que tanta consciência procura alertar.
Ora bem, são bem conhecidos o Dia da Mãe, o Dia do Pai, o “amaricano” Dia dos Namorados”, o Dia Mundial da Poesia, do Mar, da Árvore e da Tolerância, que se comemorou na passada 5ª-feira, entre tantos outros.
Por isto, e muito mais, a “Manuskritica” colocou o intrépido e alcoolizado Direktor, Zé Sobreiro, no terreno, a fim de aferir dos reais anseios dos ‘tugas e dos algarvios relativamente a esta delicada matéria.
INQUÉRITO:
Nome: Adalberto Florzinha.
Idade: Indeterminada, são tantos...
Profissão: Jardineiro de Ilhas.
Dia Preferido: “O que eu queria mesmo era uma hidrobulldozer – “bondosa” no
Algarve” – e assim poderia entrar pelo Terreiro do Paço de surpresa e deitar aquela porcaria abaixo de uma vez!”
O que queria ser quando fosse grande: Menos careca, menos gordo e mais inteligente. E ainda aprender a falar português.
Nome: Quim Zé.
Idade: Uns quantos...
Profissão: Arrumador e assaltante de automóveis, estacionados em ruas escuras, tal como toxicodependente profissional há cerca de 20 anos.
Dia Preferido: “Eh pá, meu... – amnésia momentânea –... se fosse possível criar o Dia da Droga era fixe e também se precisarem de um presidente para a comissão, como eu ‘tou desempregado e tal... tás a ver?! Mas também gostava que houvesse um Dia Mundial Sem Picas no Escroto, é que já não tenho mais nenhum sítio para me injectar, tás a ver, né?! – e desmaia –
O que queria ser quando fosse grande: Ainda está em coma...
Nome: Max em Portugal, Rex internacionalmente.
Idade: 55 em idade de cão, ou seja, 385 em idade humana.
Profissão: Cão-Polícia.
Dia Preferido: “Eu desejava que houvesse o Dia Nacional da Manifestação Canina em Sinal Aberto de Televisão, para poder contar a todos os espectadores o que um cão sofre na televisão. Não pensem que esta vida de estrela é fácil. Ah,.. e também que existisse o Dia Mundial dos Cães Não-Maricas. Porque é que será que os cães são todos bissexuais?!”
O que queria ser quando fosse grande: “Isso é uma questão interessante. Porque antes de ser Cão-Polícia, a estrela de TV, fui durante muitos anos Cão-Polícia à séria e não foi nada fácil largar a droga, aliás, ainda estou a frequentar o programa de substituição de metadona. Gostava mesmo que os nossos tratadores não nos fizessem uns agarrados como o Quim Zé e que pudéssemos detectar a droga sem a querer consumir.”
Nome: Dr. Qualquer Coisa.
Idade: Consultar B.I. falso, o verdadeiro emprestou à empregada doméstica ucraniana para esta se poder legalizar em Portugal. Coitada, escolheu uma bela bosta à beira-mar plantada para fazer a vida...
Profissão: Chamam-lhe de político profissional, mas ele gosta mais de ladrão profissional ou vigarista com carteira profissional.
Dia Preferido: “Sem dúvida que os meus dias preferidos são o Dia da Mãe e o Dia do Pai. Desculpe lá, mas digo sempre isto na TV e para os jornais, não consigo evitar. E também gosto muito do Dia da Criança, principalmente quando me deixam ir comemorar esse dia na Casa Pia. Por outro lado, escute lá – indagando Zé Sobreiro – : Já é militante de algum partido? É que como sou militante de 4 partidos, sempre posso... – neste preciso momento, foi barbaramente agredido pelo nosso Direktor –.
O que queria ser quando fosse grande (depois de sair das Urgências do SAP, resolveu continuar o nosso inquérito): A minha mãe sempre quis que eu fosse médico, o meu pai insistia para que fosse advogado e assim puseram-me num colégio privado até ao 12º ano, para sacar boas notas sem ter que estudar e ainda podia mal-tratar os professores. Mas quando entrei na política e lhes ofereci aquela casa na Quinta do Lago e o Jaguar roubado na Alemanha, lá me deram razão e assim atingi os meus objectivos. Mas o que queria mesmo ser era xulo, mas as autarquias já estavam todas cheias e lá tive de ir para o Governo e contentar-me em ser um xulo de 2ª categoria, menos mal...
Nota do Direktor: De qualquer forma, ponderamos sugerir algumas temáticas aos diversos palhaços que nos (des)governam e publicá-las aqui um dia destes...
Publicado também in «Algarve Press», de 21 de Novembro de 2006
terça-feira, novembro 14, 2006
Orçamento Rectificativo
manuskritica@gmail.com
Publicado também in «Algarve Press», de 14 de Novembro de 2006
Nos termos da alínea que o leitor bem entender de um qualquer artigo dos estatutos pelos que se rege a “Manuskritica”, apresentamos a seguinte proposta:
CAPÍTULO I
Aprovação do Orçamento
Artigo 1.º
Aprovação
1 – É aprovado pela seguinte proposta, o Orçamento de Estado Rectificativo para 2007, constante das seguintes secções:
a) Secções de I a V, com o orçamento da administração central, incluindo o orçamento dos serviços e fundos autónomos. Ou como quem diz: putas e vinho verde;
b) Secções VI e VII, com o orçamento para a área da Saúde. Isto é, para concretizar o pagamento de taxas moderadoras, de modo a que os exmos. xulos deste aparelho possam aceder aos serviços de saúde no privado e/ou no estrangeiro;
c) Secção VIII, com o orçamento para o Desporto, pretende-se, a partir de 2007, esquecer de vez todas as modalidades desportivas, focando o investimento tão só na Bola e na prostituição;
d) Secção IX, com o orçamento para a Educação, procurar-se-á o reforço de verba para criar clones da actual ministra, a fim de alimentar répteis e feras selvagens nas ex-colónias portuguesas;
e) Secção X, com as despesas relativas a gastos vários, como o saco azul, a prostituição e a corrupção activa e passiva;
f) Secção XI, com o orçamento para o raio que os parta.
CAPÍTULO II
Disciplina Orçamental
Artigo 2.º
Utilização regrada das dotações orçamentais
1 - Ficam cativos todos os bens considerados supérfluos e ociosos de cada cidadão, exceptuando os que exercem funções de estado ou governativas.
2 – Ficam cativos 99,9 % dos financiamentos comunitários, a fim de se proceder aos pagamentos de cartões de créditos, hotéis de luxo e gajas de alterne do (des)governo.
3 – São transferidos para as contas pessoais dos srs. ministros no Suriname, todas as verbas obtidas no combate à fuga ao fisco, além de poderem ser aplicadas na aquisição de acções de empresas estatais. Sendo que quanto à Casa Pia, e outras instituições sodomitas, os proventos são pagos e/ou transferidos através de bacanais com a componente de se poder enrrabar meninos e meninas a frio e sem piedade.
4 – Todas as verbas cativas na percentagem que cada ministro e presidentes de empresas estatais iria usufruir da corrupção activa, será aplicada na compra de comboios de alta velocidade, na construção de 5 aeroportos, na organização de um mundial de futebol e dos Jogos Olímpicos em Portimão, sendo que para isso será extinto o rendimento mínimo, o subsídio de desemprego e todo o apoio a famílias carenciadas.
Capítulo III
Artigo 3.º
Alienação de Património
A alienação de património, considerado oneroso para o Estado, seguirá os seguintes trâmites:
1 – O Algarve, depois da independência, será vendido em Leilão Internacional, sendo que será só para disfarçar porque já está reservado a Espanha;
2 – A Via do Infante, considerada a pior auto-estrada da União Europeia, terá portagens altíssimas e os algarvios irão pagar mais do que os outros cidadãos;
3 – A co-incineração será toda transferida para o Algarve, sendo que aquele estádio na fronteira entre Faro e o Penico será transformado num centro de queima ecológica de autarcas corruptos – ou seja: todos! –;
4 – Toda a energia produzida pela GALP sofrerá aumentos inimagináveis, sendo que aquela treta do aumento do petróleo continuará a ser maior aldrabice do executivo, pois temos reservas para 10 anos;
5 – Relativamente à taxa de juro do crédito à habitação, continuaremos a fingir que não se passa nada, para os bancos poderem continuar a levar famílias ao desespero e ao suicídio colectivo;
6 – O Banco de Portugal continuará a adquirir automóveis topo de gama mensalmente e o sr. Governador poderá continuar a enganar os portugueses a seu belo prazer;
7 - Todos os cidadãos que ocupem cargos de ministros, perdão de ladrões, terão direito a reformas multi-milionárias, sendo que as ilhas que estão à venda no Pacífico Sul serão adquiridas para V. Exas. descansarem de tanto trabalho efectuado durante o período de (des)governação.
Até que Portugal seja vendido às peças na feira da ladra, subscrevo por minha honra este Orçamento Rectificativo,
Um xulo qualquer,
(assinatura ilegível e bastante obscena)
CAPÍTULO I
Aprovação do Orçamento
Artigo 1.º
Aprovação
1 – É aprovado pela seguinte proposta, o Orçamento de Estado Rectificativo para 2007, constante das seguintes secções:
a) Secções de I a V, com o orçamento da administração central, incluindo o orçamento dos serviços e fundos autónomos. Ou como quem diz: putas e vinho verde;
b) Secções VI e VII, com o orçamento para a área da Saúde. Isto é, para concretizar o pagamento de taxas moderadoras, de modo a que os exmos. xulos deste aparelho possam aceder aos serviços de saúde no privado e/ou no estrangeiro;
c) Secção VIII, com o orçamento para o Desporto, pretende-se, a partir de 2007, esquecer de vez todas as modalidades desportivas, focando o investimento tão só na Bola e na prostituição;
d) Secção IX, com o orçamento para a Educação, procurar-se-á o reforço de verba para criar clones da actual ministra, a fim de alimentar répteis e feras selvagens nas ex-colónias portuguesas;
e) Secção X, com as despesas relativas a gastos vários, como o saco azul, a prostituição e a corrupção activa e passiva;
f) Secção XI, com o orçamento para o raio que os parta.
CAPÍTULO II
Disciplina Orçamental
Artigo 2.º
Utilização regrada das dotações orçamentais
1 - Ficam cativos todos os bens considerados supérfluos e ociosos de cada cidadão, exceptuando os que exercem funções de estado ou governativas.
2 – Ficam cativos 99,9 % dos financiamentos comunitários, a fim de se proceder aos pagamentos de cartões de créditos, hotéis de luxo e gajas de alterne do (des)governo.
3 – São transferidos para as contas pessoais dos srs. ministros no Suriname, todas as verbas obtidas no combate à fuga ao fisco, além de poderem ser aplicadas na aquisição de acções de empresas estatais. Sendo que quanto à Casa Pia, e outras instituições sodomitas, os proventos são pagos e/ou transferidos através de bacanais com a componente de se poder enrrabar meninos e meninas a frio e sem piedade.
4 – Todas as verbas cativas na percentagem que cada ministro e presidentes de empresas estatais iria usufruir da corrupção activa, será aplicada na compra de comboios de alta velocidade, na construção de 5 aeroportos, na organização de um mundial de futebol e dos Jogos Olímpicos em Portimão, sendo que para isso será extinto o rendimento mínimo, o subsídio de desemprego e todo o apoio a famílias carenciadas.
Capítulo III
Artigo 3.º
Alienação de Património
A alienação de património, considerado oneroso para o Estado, seguirá os seguintes trâmites:
1 – O Algarve, depois da independência, será vendido em Leilão Internacional, sendo que será só para disfarçar porque já está reservado a Espanha;
2 – A Via do Infante, considerada a pior auto-estrada da União Europeia, terá portagens altíssimas e os algarvios irão pagar mais do que os outros cidadãos;
3 – A co-incineração será toda transferida para o Algarve, sendo que aquele estádio na fronteira entre Faro e o Penico será transformado num centro de queima ecológica de autarcas corruptos – ou seja: todos! –;
4 – Toda a energia produzida pela GALP sofrerá aumentos inimagináveis, sendo que aquela treta do aumento do petróleo continuará a ser maior aldrabice do executivo, pois temos reservas para 10 anos;
5 – Relativamente à taxa de juro do crédito à habitação, continuaremos a fingir que não se passa nada, para os bancos poderem continuar a levar famílias ao desespero e ao suicídio colectivo;
6 – O Banco de Portugal continuará a adquirir automóveis topo de gama mensalmente e o sr. Governador poderá continuar a enganar os portugueses a seu belo prazer;
7 - Todos os cidadãos que ocupem cargos de ministros, perdão de ladrões, terão direito a reformas multi-milionárias, sendo que as ilhas que estão à venda no Pacífico Sul serão adquiridas para V. Exas. descansarem de tanto trabalho efectuado durante o período de (des)governação.
Até que Portugal seja vendido às peças na feira da ladra, subscrevo por minha honra este Orçamento Rectificativo,
Um xulo qualquer,
(assinatura ilegível e bastante obscena)
Publicado também in «Algarve Press», de 14 de Novembro de 2006
quarta-feira, novembro 08, 2006
Dever Cívico
manuskritica@gmail.com
Tal como todos sabemos, as campanhas eleitorais são profícuas em promessas que ficam por cumprir e em vãs juras de tarefas – como tal, nunca chegam a ser promessas – que alguns politiqueiros insistem em denominar de “projectos a levar a cabo” ou simplesmente que “são coisas que nos preocupam, mas (não) vamos pensar nisso...”.
Ora bem, em Fare, tanto o actual presidente do executivo como o anterior, realçaram, nas balelas que proferiram, a questão da cidadania e da “constante interacção entre o executivo camarário e os cidadãos”, que eles denominam de munícipes. Nesta perspectiva, o Gabinete do Utente sempre foi a mais-valia apresentada para aldrabar qualquer interessado em apresentar as suas queixas.
A “Manuskritica” foi também efectuar o seu direito de cidadania e deparou-se com... com quem?!..
Funcionária do Gabinete do Utente (FGU): - Mas, Sr. Dr., você já não é o presidente, para quê tanta ordem e tanta queixa?!
Zé Vítor (ZV): - Mas eu quero apresentar as minhas queixas como munícipe.
FGU: - Mas você não é vereador?
ZV: - Ser, sou, mas o actual presidente não me deu nenhum pelouro, nem me ouve...
FGU: - Isso já não sei, mas queixe-se na Assembleia Municipal, homem...
ZV: - Mau. Ainda agora era Sr. Dr e tal, agora sou só homem?!
FGU: - Então, não é homem?!
ZV: - Então não sou?! E muito homem.
FGU: - Então...
ZV: - Bom, atalhando caminho... se o actual presidente não me ouve, nem sequer na Assembleia Municipal... eu quero apresentar uma queixa quanto a isso.
FGU: - Muito bem, está no seu direito. Mas é coisa para demorar muito tempo? É que já são 11 horas e estou quase a sair para o almoço...
ZV: - Almoça tão cedo?
FGU: - Não. Mas ainda tenho de ir beber 2 cafés, fumar 4 cigarros, bisbilhotar um bocado com o pessoal da Tesouraria, ler o “Correio da Manhã”, a “Maria” e a “TV 7 Dias” e, além disso, ainda tenho de ir 6 vezes ao WC...
ZV: - OK. De qualquer forma, já não estou cá para controlar isso...
FGU: - E ainda bem. Porque aquilo de mijar à pressa e beber cafés daquela chaleira ferrugenta não estava com nada...
ZV: - Mas poupou-se umas massas com essas medidas.
FGU: - Foi? Olhe, que não se nota nada. Pelo menos é o que diz o presidente.
ZV: - Eu digo isso?!..
FGU: - Chiça. Não, o actual presidente é que o diz. Mas ainda não lhe disseram que já não é presidente?!
ZV: - Ah, pois é... já me disseram já... mas custa muito ainda aceitar isso...
FGU: - Sim, sim... então, diga lá de sua justiça.
ZV: - Eu?!
FGU: - Ai, a barraca. Sim, você, homem. Então não está aqui para apresentar uma queixa?!
ZV: - Ah, claro. Claro que estou. Então é assim...
FGU (bocejando): - Sim...
ZV: - Eu exijo, sublinhe aí o exijo, que o actual presidente me dê algum “pelourozinho” que seja e que me ouça nas Assembleias Municipais.
FGU: - Não sei se tenho formulários para isso...
ZV: - Como não tem?! Que raio de serviço é este?!
FGU: - Foi um serviço criado por você, ou reformulado, sei lá... lembra-se?
ZV: - Pois foi. E não tratei disso na altura?
FGU: - Nops.
ZV: - Nops?!
FGU: - Sim, nops. Quer dizer qualquer coisa como: Não, cacete! Não fez nada disso.
ZV: - OK.
FGU: - OK ou KO? É que se não temos esse tal formulário...
ZV: - Pois é. Olhe, vou propor isso na Assembleia Municipal.
FGU: - Boa ideia. Faça isso.
ZV: - Então, boa tarde. Para a semana volto cá. (e sai.)
FGU: - Claro que volta. – e dá um grito tremendo –: Próximo! Exma. Cegonha do Arco da Vila, o que a traz por cá?..
Cegonha do Arco da Vila: - Eh pá, venho queixar-me dos sacanas dos pombos do Jardim Manuel Bivar, que todos os dias me cagam o ninho de alto a baixo. Isto não pode continuar...
Publicado também in «Algarve Press», de 7 de Novembro de 2006
Tal como todos sabemos, as campanhas eleitorais são profícuas em promessas que ficam por cumprir e em vãs juras de tarefas – como tal, nunca chegam a ser promessas – que alguns politiqueiros insistem em denominar de “projectos a levar a cabo” ou simplesmente que “são coisas que nos preocupam, mas (não) vamos pensar nisso...”.
Ora bem, em Fare, tanto o actual presidente do executivo como o anterior, realçaram, nas balelas que proferiram, a questão da cidadania e da “constante interacção entre o executivo camarário e os cidadãos”, que eles denominam de munícipes. Nesta perspectiva, o Gabinete do Utente sempre foi a mais-valia apresentada para aldrabar qualquer interessado em apresentar as suas queixas.
A “Manuskritica” foi também efectuar o seu direito de cidadania e deparou-se com... com quem?!..
Funcionária do Gabinete do Utente (FGU): - Mas, Sr. Dr., você já não é o presidente, para quê tanta ordem e tanta queixa?!
Zé Vítor (ZV): - Mas eu quero apresentar as minhas queixas como munícipe.
FGU: - Mas você não é vereador?
ZV: - Ser, sou, mas o actual presidente não me deu nenhum pelouro, nem me ouve...
FGU: - Isso já não sei, mas queixe-se na Assembleia Municipal, homem...
ZV: - Mau. Ainda agora era Sr. Dr e tal, agora sou só homem?!
FGU: - Então, não é homem?!
ZV: - Então não sou?! E muito homem.
FGU: - Então...
ZV: - Bom, atalhando caminho... se o actual presidente não me ouve, nem sequer na Assembleia Municipal... eu quero apresentar uma queixa quanto a isso.
FGU: - Muito bem, está no seu direito. Mas é coisa para demorar muito tempo? É que já são 11 horas e estou quase a sair para o almoço...
ZV: - Almoça tão cedo?
FGU: - Não. Mas ainda tenho de ir beber 2 cafés, fumar 4 cigarros, bisbilhotar um bocado com o pessoal da Tesouraria, ler o “Correio da Manhã”, a “Maria” e a “TV 7 Dias” e, além disso, ainda tenho de ir 6 vezes ao WC...
ZV: - OK. De qualquer forma, já não estou cá para controlar isso...
FGU: - E ainda bem. Porque aquilo de mijar à pressa e beber cafés daquela chaleira ferrugenta não estava com nada...
ZV: - Mas poupou-se umas massas com essas medidas.
FGU: - Foi? Olhe, que não se nota nada. Pelo menos é o que diz o presidente.
ZV: - Eu digo isso?!..
FGU: - Chiça. Não, o actual presidente é que o diz. Mas ainda não lhe disseram que já não é presidente?!
ZV: - Ah, pois é... já me disseram já... mas custa muito ainda aceitar isso...
FGU: - Sim, sim... então, diga lá de sua justiça.
ZV: - Eu?!
FGU: - Ai, a barraca. Sim, você, homem. Então não está aqui para apresentar uma queixa?!
ZV: - Ah, claro. Claro que estou. Então é assim...
FGU (bocejando): - Sim...
ZV: - Eu exijo, sublinhe aí o exijo, que o actual presidente me dê algum “pelourozinho” que seja e que me ouça nas Assembleias Municipais.
FGU: - Não sei se tenho formulários para isso...
ZV: - Como não tem?! Que raio de serviço é este?!
FGU: - Foi um serviço criado por você, ou reformulado, sei lá... lembra-se?
ZV: - Pois foi. E não tratei disso na altura?
FGU: - Nops.
ZV: - Nops?!
FGU: - Sim, nops. Quer dizer qualquer coisa como: Não, cacete! Não fez nada disso.
ZV: - OK.
FGU: - OK ou KO? É que se não temos esse tal formulário...
ZV: - Pois é. Olhe, vou propor isso na Assembleia Municipal.
FGU: - Boa ideia. Faça isso.
ZV: - Então, boa tarde. Para a semana volto cá. (e sai.)
FGU: - Claro que volta. – e dá um grito tremendo –: Próximo! Exma. Cegonha do Arco da Vila, o que a traz por cá?..
Cegonha do Arco da Vila: - Eh pá, venho queixar-me dos sacanas dos pombos do Jardim Manuel Bivar, que todos os dias me cagam o ninho de alto a baixo. Isto não pode continuar...
Publicado também in «Algarve Press», de 7 de Novembro de 2006
quinta-feira, novembro 02, 2006
Não-Editorial
manuskritica@gmail.com
Eu não queria, a sério que não queria, voltar a bater neste assunto... mas a senhora que o Engenheiro Socrático pôs no leme da Educação, leva-me a isto.
Numa edição anterior – vide edição de 26 de Setembro de 2006 –, e neste espaço, tentámos lançar um alerta para o perigo que esta gaja representa. Ela, e os seus comparsas “mânfios”, além de terem fechado, ou ordenado fechar cerca de 1500 escolas, obrigaram algumas crianças a levar os talheres para a escola, porque certos estabelecimentos de ensino não teriam verba – que seria conferida pelo Ministério da Educação –, para fornecer os tais talheres e pratos aos miúdos... ridículo, no mínimo.
E quando mais de 30.000 professores estão no desemprego e quando se quer pôr os pais a avaliar os ditos docentes e quando a calhandra da senhora se lembrou de notificar os prof’s que estes teriam que avisar, com 5 dias de antecedência, de uma provável falta às aulas e quando,.. bom, isto é um rol sem fim.
Mas a gaja não sabe que há um bem que está consagrado na Constituição: “(...) o direito à educação é gratuito (...)”e tal, e tal?!.. Fosga-se!!!
Mas teremos de estar sempre a bater na mesma tecla?! Agora, veio dizer que os nossos, e digo bem... os nossos professores, vão ficar sem períodos de descanso – vulgo, férias – nas épocas de Natal, Carnaval e Páscoa.
A questão é a seguinte: Esta gaja, por acaso, só por acaso..., andou à escola?! Quer-se dizer, os nossos professores já têm que nos aturar os filhos todos os dias, mesmo quando não têm aulas e, derivado desta energúmena, descansam quando?.. Em casa?! Mas a gaja ainda não percebeu que o trabalho dos docentes não se esgota quando abandonam o estabelecimento de ensino? Certamente, não deve ter ideia do que é a actividade docente: o preparo das aulas, a leitura dos programas (mal) feitos pelo Ministério, etc, etc,..
E ainda quer que fiquem de fora mais 5.000 professores, no próximo ano lectivo, porque, diz a gaja (e estou a ser simpático ao chamar-lhe só de gaja...), o Estado não é nenhuma agência de emprego. E os professores são o quê?! Alguns trabalhadores agenciados, prontos para servir os critérios e os caprichos do (des)governo daqueles otários de São Bento?!
Até não sou moço de palavrões e não sei que mais, mas só apetece é dizer: ”Mas que merda é esta, c......?!! Andam a brincar com o quê, meus filhos de uma grande p...?!
Fosga-se, fosga-se, fosga-se!!! Não me deixam dizer mais nada, senão, ai,.. ...alho!!!
Voltando a bater noutra tecla também já gasta: e depois admiram-se de uma manife, em Lisboa, juntar quase 100.000 pessoas... (...) que os pariu!!!
Publicado também in «Algarve Press», de 31 de Outubro de 2006
Eu não queria, a sério que não queria, voltar a bater neste assunto... mas a senhora que o Engenheiro Socrático pôs no leme da Educação, leva-me a isto.
Numa edição anterior – vide edição de 26 de Setembro de 2006 –, e neste espaço, tentámos lançar um alerta para o perigo que esta gaja representa. Ela, e os seus comparsas “mânfios”, além de terem fechado, ou ordenado fechar cerca de 1500 escolas, obrigaram algumas crianças a levar os talheres para a escola, porque certos estabelecimentos de ensino não teriam verba – que seria conferida pelo Ministério da Educação –, para fornecer os tais talheres e pratos aos miúdos... ridículo, no mínimo.
E quando mais de 30.000 professores estão no desemprego e quando se quer pôr os pais a avaliar os ditos docentes e quando a calhandra da senhora se lembrou de notificar os prof’s que estes teriam que avisar, com 5 dias de antecedência, de uma provável falta às aulas e quando,.. bom, isto é um rol sem fim.
Mas a gaja não sabe que há um bem que está consagrado na Constituição: “(...) o direito à educação é gratuito (...)”e tal, e tal?!.. Fosga-se!!!
Mas teremos de estar sempre a bater na mesma tecla?! Agora, veio dizer que os nossos, e digo bem... os nossos professores, vão ficar sem períodos de descanso – vulgo, férias – nas épocas de Natal, Carnaval e Páscoa.
A questão é a seguinte: Esta gaja, por acaso, só por acaso..., andou à escola?! Quer-se dizer, os nossos professores já têm que nos aturar os filhos todos os dias, mesmo quando não têm aulas e, derivado desta energúmena, descansam quando?.. Em casa?! Mas a gaja ainda não percebeu que o trabalho dos docentes não se esgota quando abandonam o estabelecimento de ensino? Certamente, não deve ter ideia do que é a actividade docente: o preparo das aulas, a leitura dos programas (mal) feitos pelo Ministério, etc, etc,..
E ainda quer que fiquem de fora mais 5.000 professores, no próximo ano lectivo, porque, diz a gaja (e estou a ser simpático ao chamar-lhe só de gaja...), o Estado não é nenhuma agência de emprego. E os professores são o quê?! Alguns trabalhadores agenciados, prontos para servir os critérios e os caprichos do (des)governo daqueles otários de São Bento?!
Até não sou moço de palavrões e não sei que mais, mas só apetece é dizer: ”Mas que merda é esta, c......?!! Andam a brincar com o quê, meus filhos de uma grande p...?!
Fosga-se, fosga-se, fosga-se!!! Não me deixam dizer mais nada, senão, ai,.. ...alho!!!
Voltando a bater noutra tecla também já gasta: e depois admiram-se de uma manife, em Lisboa, juntar quase 100.000 pessoas... (...) que os pariu!!!
Publicado também in «Algarve Press», de 31 de Outubro de 2006
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